sexta-feira, 17 de julho de 2009

15 anos do Tetracampeonato de Futebol



Há, exatamente 15 anos atrás, em 17 de julho de 1994, a seleção masculina de futebol brasileira conquistava o Tetracampeonato da Copa do Mundo da FIFA, sediada nos EUA, contra a temida Itália.


Um breve resumo:
ELIMINATÓRIAS GRUPO B:
Brasil 2 X 0 Rússia
Brasil 3 X 0 Camarões
Brasil 1 X 1 Suécia

8ª DE FINAL:
Brasil 1 X 0 Estados Unidos

4ª DE FINAL:
Brasil 3 X 2 Países Baixos (Holanda)

SEMIFINAL Brasil 1 X 0 Suécia (jogo dramátiiiiiiiiiiico!)

GRANDISSÍSSIMA FINAL: Brasil 0 X 0 Itália (tempo normal)
Prorrogação sem gols. Pênaltis: Brasil 3 x 2

  • BRASIL
Márcio Santos: goleiro defendeu
Romário/Branco/Dunga: marcaram

  • ITÁLIA
Baresi/R. Baggio: chutaram pra fora
Albertini/Evani: marcaram
Massaro: Taffareeeeeeeeeeeel defendeu (Vai que é tua, Taffarel!)
Consigo lembrar nitidamente desse dia. Tinha 7 anos. Mas como diz minha amada mamis, minha memória é de elefante. Conseguiria descrever a roupa que estava naquele dia. Noooooossa! Emoção demais. Assisti essa partida numa boate que tinha aqui em Teresina (nessa época ainda morava aqui), me senti o máximo, logo de cara, de estar dentro de um lugar de adultos. Meus pais e alguns amigos me levaram. Mas, voltando à partida, estávamos sentados em uma mesa à direita do telão. Meu pai tava nervoso, como um bom-fanático-torcedor, tava roendo as unhas. Minha mãe nunca fora muito amante do esporte, mas em Copas do Mundo ela virava a maior e melhor fã de todas. E eu...eu já gostava de futebol e nem sabia (risos). Tava no sangue, acho. A minha ansiedade era de outro mundo. De cara, abandonei a mesa dos meus pais com minha coca-cola a tira colo e fiquei grudada ao telão. Meu coração saltava. Saltava muito. Freneticamente. Enlouquecidamente. Eu tava pirando, literalmente. Muitos advérbios né? Mas era assim que eu estava. Ansiosa.
Quando a partida em tempo normal encerrou, lembro que questionei meu pai o que significava aquilo. Ele, pacientemente (esse lance de paciência não é muito a praia dele, maaas...) explicou que a partir daquele instante uma outra partida começaria e quem fizesse o gol primeiro ganhava. Essas palavras me deram uma agonia tão grande. aiaiaiii Alguns minutos depois, a tal Morte Súbita chegou ao fim. Iniciariam a decisão por pênaltis... Nuuss, cada etapa conseguia ser mais crítica que a outra. O primeiro jogador italiano chutou pra fora. Quando o goleiro italiano defendeu a bola do primeiro (Márcio Santos), tudo normal. Era a vez da Itália com Albertini. Pra nosso desespero e de toda uma nação, foi gol. Olhei pro meu pai e vi o desespero. Será que estaria acabada ali partida? Será que não teria mais a luz verde-amarelo no fim do túnel?
Não era isso, graças a Deus. Voltei o olhar para o telão. O ídolo iria bater sua penalidade. Era a vez de Romário, o grande nome daquela Copa. Posteriomente, ao término do Campeonato, ele ganharia o PRÊMIO FIFA BOLA DE OURO na categoria, Melhor Jogador, merecidíssimo, diga-se de passagem. Ele fez a parte dele. Colocou a bola no gol. Estaca Zero, novamente.
A euforia tomou conta daquela extinta boate teresinense. Todos voltaram ao silêncio na conclusão feliz de Evani. Eles nem imaginavam que seria seu último gol. Amarelinhos de volta à cobrança. Branco deixou tudo empatado. Estaca Zero pra não perder o costume naquela dramática tarde de domingo. Suspiro de alívio. Era a vez de Massaro. Ele não contava com o paredão formado por Taffarel em frente ao gol. Quem não lembra do Galvão Bueno ensandecido gritando: "Vai que é tuuuuuuuuuuuua Taffareeeeel". Confesso que até hoje me arrepio com as lembranças. Continuaria tudo empatado até o capitão e atual técnico da Seleção aumentar pro nosso lado. Dunga nos deixou a frente pela primeira e última vez porque em seguida, na última cobrança, R. Biaggio chutaria pra fora. Gente, nesse instante me arrepio mais ainda. Lembro que nesse momento, um senhor que estava em uma mesa próxima ao telão me jogou pra cima como se fosse uma boneca. Era o ápice. Era a Glória. Os jogadores todos se abraçavam, choravam, pulavam, gritavam. Éramos Tetracampeões Mundiais. Minha mãe aos prantos (embora não seja novidade nenhuma, rs) e meu pai completamente emocionado e feliz. Essa boate ficou pequena pra tanta alegria. Que festa linda! Que emoção!
Chegou a hora da taça. Dunga levantaria com muita emoção aquele simbólico objeto. Nunca esqueceremos de sua expressão. Como foi guerreiro nosso capitão. Em seguida, papai saiu em seu carro comigo sentada em seu colo "dirigindo" pela cidade. Na verdade, eu só buzinava e ele guiava ao encontro de outros torcedores espalhados pela pequena e pacata Teresina. Consigo lembrar desse dia como se fosse ontem a tarde.
Afinal de contas, o que são 15 anos? (risos)

CURIOSIDADES:

  • A Copa do Mundo de 1994, foi a última a ter apenas 24 seleções na disputa. A partir de 1998, na Copa sediada na França, 32 seleções disputariam a Taça.
  • Prêmios obtidos pros Canários: Melhor jogador (Romário); Time Menos Faltoso e Mais Divertido; Vice-artilharia (Romário - 5 gols).
  • Na partida contra a Holanda, nas 4ª de final, Bebeto, ao marcar o gol, comemora fazendo um gesto em que balançava um bebê em seu colo. Era uma homenagem ao seu filho, Mateus, nascido na véspera daquela partida. Essa comemoração ficou muito famosa sendo usada até hoje por jogadores de todas as partes do mundo.
Por Marcella Pires

3 comentários:

  1. eainda dize que mulheres nao sabem sobre futebol ts ts ts... as arcellas estao e parabens , nao sabem tanto quanto homens ainda rsrs , mas ja sabem mt huahahuhua brincadeira rsrsrs

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